A família Wexler sempre foi vista como uma força motriz na comunidade de Huntington pelo seu compromisso inabalável em enfrentar a DH. Tudo começou em 1968, quando Milton, um respeitado psicanalista, revelou às suas filhas Nancy, então com 23 anos, e Alice, com 26, que a mãe delas, Leonore, havia sido diagnosticada com DH.
Diante dessa notícia devastadora, Milton não se deixou abater: procurou apoio em Marjorie Guthrie, que foi a responsável por fundar o “Committee to Combat Huntington’s Disease” e, posteriormente, a Sociedade Americana da Doença de Huntington (HDSA). Então surgiu a Hereditary Disease Foundation (HDF), em 1968, como parte do núcleo da HDSA em Los Angeles. Em 1974, Wexler se separou da HDSA para fundar formalmente a HDF.
Nancy e Alice seguiram os passos do pai, tornando-se figuras proeminentes no ativismo e na luta contra a DH. Nancy liderou um estudo de décadas na Venezuela, região onde a DH é mais prevalente, contribuindo ativamente para a identificação do gene responsável pela doença. Enquanto isso, Alice, além de suas realizações como historiadora e escritora, também desempenhou um papel importante na divulgação e conscientização sobre a DH.
A HDF não apenas atraiu renomados cientistas para o campo da DH, mas também priorizou o apoio a jovens pesquisadores, reconhecendo o potencial de novas mentes na busca por soluções. Graças aos esforços incansáveis da família Wexler e da HDF, marcos científicos foram alcançados, desde a identificação do gene da DH até o desenvolvimento de testes pré-sintomáticos.
Nancy e Alice são exemplos inspiradores de como o compromisso pessoal pode gerar um impacto duradouro na comunidade e na ciência. Seu legado não apenas trouxe esperança para aqueles afetados pela DH, mas também pavimentou o caminho para avanços na pesquisa genética e no tratamento de outras doenças.
A dedicação da família Wexler continua a iluminar o caminho para um futuro onde a DH e outras doenças genéticas possam ser enfrentadas com conhecimento, compaixão e determinação.